Introdução a História da Filosofia
Em que sentido o mito ainda faz parte do viver do home contemporâneo?
Quais as semelhanças e diferenças existentes entre: ciência e filosofia; senso
comum e bom senso; bom senso e filosofia. Qual importância da filosofia, e por
que ela é tão desvalorizada nos tempos atuais?
O mito é uma forma de compreensão intuitiva
da realidade. O desenvolvimento do pensamento reflexivo na atualidade não
decreta a morte da consciência mítica, pois o mito, mesmo entre os povos
civilizados ocupa um lugar de destaque como forma fundamental de todo viver
humana, já que tudo que queremos e pensamos inicialmente no horizonte da
imaginação, nos pressupostos míticos, serve como base para todo trabalho
posterior à razão. O progresso das explicações resultantes das pesquisas
científicas, não fez o homem abandonar totalmente suas crenças. O mito está
pressente no viver do homem contemporâneo nas superstições, crendices,
invocações, promessas, rezas, previsões, rituais de passagem, coisas que fazem
parte não só das assim chamadas sociedades menos desenvolvidas, mas podem ser
encontrados nos ambientes das sociedades avançadas. O mito está fortemente
vivo, apesar da negatividade de alguns.
A filosofia no seu primórdio rejeitava a interpretação mítica que, baseada no sobrenatural, aceitava a existências de seres divinos nos fenômenos naturais. A filosofia surge então como forma de pensamento reflexivo. Ela abrangia à física, a astronomia, e a biologia, e desse modo se encontrava intimamente com a ciência. A filosofia ainda continua com os mesmos objetos da ciência, mas ao contrario da ciência a filosofia estuda o objeto do ponto de vista total.
A filosofia no seu primórdio rejeitava a interpretação mítica que, baseada no sobrenatural, aceitava a existências de seres divinos nos fenômenos naturais. A filosofia surge então como forma de pensamento reflexivo. Ela abrangia à física, a astronomia, e a biologia, e desse modo se encontrava intimamente com a ciência. A filosofia ainda continua com os mesmos objetos da ciência, mas ao contrario da ciência a filosofia estuda o objeto do ponto de vista total.
A filosofia está inserida na historia, e os
tema da qual ela se ocupa mudam de acordo com os problemas que precisam ser
enfrentado. Ela está relacionada à reflexão, e refletir é retomar o próprio
pensamento, pensar o já pensado, colocando em questão o que já se conhece. Em
outras palavras a filosofia de vida é uma maneira pelas quais o bom senso se
manifesta, enquanto a aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento
progressivo do senso comum. Existe uma continuidade entre o pensamento
científico e o senso comum que é uma percepção da realidade que não necessita
de conhecimentos aprofundados, enquanto o bom senso que assim como o senso
comum costuma designar um tipo de sensatez abre caminho para o uso
transformador dos conhecimentos, para o questionamento das condições existentes,
o que não se diferencia da filosofia nesse quesito, pois diante dos problemas
apresentado pelo existir, o ser humano tende a refletir, mas a ideologia não
permite percepção das formas alienadas da vida, e por esse motivo, mesmo todo
homem sendo capaz de elaborar sua filosofia, a filosofia desenvolvida pelos
especialistas são diferente, muito mais rigorosa e através de uma reflexão
radical, pois o filósofo especialista conhece a tradição dos pensadores,
trabalha em conjunto, ao debater com outros teóricos do seu tempo e cria
conceitos, desenvolvendo um método e uma maneira rigorosa e sistemática de
pensar. Rigorosa porque vai até a raiz da questão, porque o filosofo
especialista procede com rigor, garantido a coerência e o exercício a critica, e
fazem uso de uma linhagem rigorosa que permite definir claramente os conceitos,
evitado ambiguidades típica das expressões cotidianas. E na filosofia se desenvolve
uma reflexão de conjunto porque é globalizante, ao examinar os problemas sob a
perspectiva do todo, enquanto a ciência examina recortes da realidade, ela consiste na aplicação de teorias já testadas e aceitas pelo meio científico.
O mundo, no caso, é pragmático, ele se
interessa pela aplicação imediata do conhecimento, e por esse motivo a
filosofia é vista como algo inútil, e encontra poucos adeptos a ela. Mas a
filosofia é importante, pois é ela que reúne o pensamento fragmentado pelas
ciências e demais formas de conhecimento. E a reflexão filosófica que permite ao
homem adquirir outra dimensão além daquela que é dada pelo agir imediato, na
qual estamos mergulhados no dia-a-dia. É a filosofia que garante o
distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a
que eles se destinam, levantando, consequentemente, o problema dos valores. A
filosofia impede a estagnação que resulta do não questionamento, ao contrario
da ciência, que Rubem Alves explica que virou um mito. E todo mito é perigoso, porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento.
Recomendação literária para aprofundamento de estudo:
Introdução a História da Filosofia
(Dos pré-socráticos a Aristóteles) de Marilena Chaui.
Esta é a nova versão do primeiro volume da Introdução à História da Filosofia (publicado originalmente pela Brasiliense), série em que Marilena Chaui acompanha o trajeto da cultura filosófica desde os pré-socráticos até os pensadores modernos. O objetivo é oferecer informações básicas sobre a história do pensamento filosófico, dirigidas aos leigos e aos que se iniciam nos estudos de filosofia. Por seu caráter pedagógico, o livro é um estímulo aos estudantes no exercício do pensamento e pode auxiliar os professores a preencher lacunas bibliográficas na preparação de suas aulas. As modificações introduzidas pela autora foram feitas tendo em conta que o livro, planejado para o ensino médio, passou a ser lido também por alunos das faculdades de filosofia, assim como de outras áreas universitárias que incluem essa disciplina no currículo. A bibliografia oferecida no final do volume destina-se aos professores e àqueles que pretendam prosseguir nos estudos. Houve preocupação em selecionar textos em português, mas sem deixar de lado obras fundamentais ainda sem tradução. O volume se completa com um pequeno glossário de termos gregos.
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